Em reunião do G20, grupo que reúne os países com as maiores economias do mundo, o governador do Amazonas, Wilson Lima, reforçou o compromisso em discutir desafios e gerar oportunidades de pesquisa e de inovação para a Amazônia. No estado, o setor recebeu investimentos de R$ 730 milhões para cadeias produtivas sustentáveis, bioeconomia e defesa do meio ambiente nos últimos cinco anos. O encontro internacional ocorreu esta semana em Manaus.
Lima citou a importância de sediar o encontro no Amazonas, especialmente no contexto das secas e queimadas que afetam a região. Também defendeu que a agenda mundial de meio ambiente deve estar alinhada à realidade da Amazônia e de seus habitantes.
“Enquanto o mundo está discutindo metaverso, inteligência artificial, no interior da Amazônia nós estamos em busca das inovações do século 18, como água, comunicação, energia, tratamento de esgoto, destinação do lixo. Através da ciência é possível que a gente encontre soluções, dispositivos, ações para diminuir esse efeito das mudanças climáticas”, ponderou.
Para o governador, o estado tem investido em iniciativas que apoiam cadeias produtivas, bem como no comando e controle para melhoria nos sistemas de meio ambiente. Prova disso é que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) financiou 250 projetos na capital e no interior de 2019 a 2024, o que contribuiu para a unidade da Federação manter-se no segundo lugar em inovação no país, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados divulgado em agosto deste ano.
Outro aspecto mencionado na reunião do G20 por Wilson Lima, o Programa Amazonas 2030 orienta investimentos a partir da venda de créditos de carbono. O objetivo é alcançar o desmatamento líquido zero em seis anos, por meio do financiamento de iniciativas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), como o aumento das reservas florestais de carbono e a gestão sustentável de áreas verdes.
Foto: Alex Pazuello/Secom