O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), anunciou nesta quarta-feira (18) que a implantação da TV 3.0 no Brasil está prevista para começar em 2025. Essa nova tecnologia de transmissão promete transformar a experiência dos telespectadores, com avanços significativos na qualidade de imagem e som, além de recursos interativos que conectam a TV aberta à internet.
“Estamos passando por uma profunda transformação digital em todo o mundo e o cenário não é diferente com a radiodifusão. É fundamental que o setor se reinvente para continuar desempenhando um papel relevante na vida dos brasileiros”, ressaltou o ministro.
O Ministério das Comunicações concluiu a elaboração do decreto que vai regulamentar a TV 3.0 no Brasil. O documento foi enviado à Casa Civil, que deve fazer os ajustes finais para publicação.
O decreto trata da tecnologia de transmissão que será utilizada no país. A pasta seguiu a recomendação do SBTVD (Conselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital) e escolheu o modelo ATSC 3.0, que é adotado nos Estados Unidos e na Coreia do Sul.
“A minuta do decreto foi amplamente discutida, com todos os envolvidos, e esperamos ter atendido, na medida do possível, os anseios e reivindicações dos maiores interessados ao longo de meses de intensos debates”, afirmou Juscelino Filho.
Com a nova tecnologia, será possível assistir a conteúdos da TV aberta com mais definição, brilho e contraste, em qualidade 4K e até 8K. Haverá integração completa dos canais com a internet. O usuário poderá acessar aplicativos das emissoras diretamente pela televisão, com a possibilidade de escolher entre assistir a programas ao vivo ou sob demanda, sem custos adicionais.
A interatividade permitirá aos telespectadores a participação em enquetes, acesso a conteúdos exclusivos e até a escolha de diferentes ângulos para acompanhar um mesmo acontecimento.
Além disso, a implementação da TV 3.0 vai proporcionar também novas oportunidades de negócios. Com a segmentação de anúncios, será possível direcionar campanhas para diferentes perfis de espectadores, aumentando a eficácia das ações publicitárias. A expectativa é que a personalização traga benefícios também para os telespectadores, que receberão conteúdos mais alinhados aos seus interesses.
A migração da nova tecnologia será gradativa, com início nas grandes capitais.
Foto: Kayo Sousa / Ministério das Comunicações