Catarina Guerra detalha ações do Inovem e defende menos burocracia para empreendedores

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, a deputada estadual Catarina Guerra (União), coordenadora do Inovem (Centro de Inovação e Empreendedorismo da Assembleia Legislativa de Roraima), detalhou as ações do programa, que completa três meses com projetos voltados a jovens, microempreendedores e mulheres.

O Inovem foi criado com o objetivo de fomentar o empreendedorismo local, promover a educação financeira e capacitar os cidadãos para o desenvolvimento de negócios. O centro busca reduzir a informalidade e ampliar as oportunidades no estado, que conta com cerca de 42 mil empreendedores, dos quais 30% são mulheres. A iniciativa reúne cinco projetos: Conexão, Impulsionar, Inove Pro, Feira Inove e Elas Inovam, cada um voltado a diferentes segmentos e necessidades do ecossistema empreendedor.

A parlamentar explicou que a motivação para a criação do Inovem surgiu após a percepção de que alunos capacitados pelos programas de formação profissional da Assembleia careciam de orientação pós-treinamento.

“A gente fornecia ferramentas, mas notava uma ausência de suporte para quem queria empreender ou se reinserir no mercado”, afirmou. O centro foi proposto ao presidente da Assembleia, Soldado Sampaio, que, segundo Catarina, “abraçou a causa ao entender que o Legislativo precisa ir além da função de legislar”.

Entre as primeiras iniciativas está o Conexão Financeira, projeto que levou às escolas estaduais um desafio prático: alunos do terceiro ano deveriam criar estratégias para arrecadar recursos para suas formaturas.

“Alguns organizaram torneios de videogame no recreio, outros venderam doces ou promoveram campeonatos esportivos. O resultado foi que muitos descobriram habilidades empreendedoras e continuaram gerando renda mesmo após o projeto”, relatou.

Outro eixo de atuação é o teste vocacional, oferecido a estudantes do ensino médio com acompanhamento psicológico.

“Muitos não sabiam que caminho seguir após a escola. Identificamos essa necessidade durante as visitas e estruturamos uma metodologia que já está sendo expandida para o interior, começando por Rorainópolis”, disse.

O Inovem também promoveu feiras itinerantes, como as realizadas em Alto Alegre e na sede da Assembleia, reunindo produtores de artesanato, alimentos típicos e até café de Pacaraima.

“Além da exposição, oferecemos consultoria sobre precificação, gestão financeira e uso de redes sociais. Muitos nunca haviam calculado se o preço de seus produtos cobria os custos”, explicou Catarina. Em um único dia, as vendas nas feiras ultrapassaram R$ 15 mil.

Burocracia e parcerias

Questionada sobre os entraves burocráticos que dificultam a formalização de pequenos negócios, especialmente na produção artesanal de alimentos, a deputada citou o exemplo da apicultura.

“Temos produtores com demanda internacional, mas a comercialização esbarra em exigências sanitárias. É uma batalha que exige diálogo com órgãos reguladores”, afirmou. Ela mencionou ainda casos de empreendedores que, mesmo formalizados, enfrentam dificuldades com taxas e processos pouco claros.

Para enfrentar esses desafios, o Inovem estabeleceu parcerias com o Sebrae, a Desenvolve RR e prefeituras.

“Não queremos apenas formalizar MEIs, mas garantir que esses negócios sejam sustentáveis. Por isso, além de orientação, buscamos facilitar o acesso a microcréditos”, disse. Um exemplo é o programa Elas Inovam, que será lançado em agosto, voltado a mulheres empreendedoras. A iniciativa inclui módulos de inteligência emocional, gestão e capacitação prática, além de articulação com linhas de financiamento.

Catarina citou o caso de uma feirante que, após perder uma geladeira, conseguiu um empréstimo via Desenvolve RR para comprar um novo equipamento. “Ela não conhecia o programa, mas com orientação, teve o crédito aprovado em pouco tempo. Histórias como essa mostram que é possível aliar capacitação e acesso a recursos”, destacou.

Próximos passos

Para o segundo semestre, o Inovem prepara oficinas para ambulantes que atuam em eventos como o Arraial de Paricarana e a Festa da Melancia. “Muitos não calculam custos de deslocamento ou precificação. Queremos ajudá-los a evitar endividamento”, explicou a deputada. Outra frente é o mapeamento de nichos de mercado para evitar que novos negócios nasçam já em desvantagem.

O centro opera com metodologias ágeis, como workshops e consultorias individuais, para atender desde estudantes até produtores rurais. “O empreendedorismo não é só sobre renda, mas sobre transformação social. E Roraima não pode ficar de fora desse movimento”, concluiu Catarina.

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