O anúncio foi feito hoje pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, no Salão Verde do Congresso Nacional, onde a Federação (UPb) tem a maior bancada, na Câmara e no Senado.
Entre os grandes veículos que noticiaram o comunicado estão o portal do G1, Estadão, Jovem Pan, Correio Braziliense, Metrópoles, Folha de São Paulo, Valor Econômico.
O G1 destacou “que filiados devem deixar cargos no governo Lula. Anúncio foi feito pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI).”
O Estadão foi incisivo em sua chamada: “União Brasil e PP anunciam desembarque oficial do governo e ameaçam com punição a quem não sair” e ainda reforçou que a saída, “segundo líderes, deverá ser feita imediatamente”. A chamada do Metrópoles também foi afiada: “Federação União-PP ordena que ministros deixem cargo e ameaça punição”.
A matéria do Estadão também reproduziu, na íntegra, o comunicado lido por Rueda: “Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto. Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”.
A Jovem Pan o enfoque foi que “ministros da federação União Progressista terão de deixar governo Lula imediatamente. Medida não atinge Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre”. Ambos não são filiados à sigla.
O G1 também reproduziu trecho da nota de Rueda divulgada em resposta a fala do presidente Lula, que disse que o presidente do partido (União) não gostava dele e que ele, Lula, não gostava de Rueda: “A fala do presidente evidencia o valor da nossa independência e a importância de uma força política que não se submete ao governo”.
O Correio Braziliense também deu destaque à nota de Rueda remetendo à ocasião: “Na democracia, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um” e ainda reproduziu outro trecho: “O que deve nos guiar é a construção de soluções e não demonstrações de desafeto. Minha prioridade continuará sendo a mesma: trabalhar por um futuro melhor para o Brasil, com estabilidade política, desenvolvimento econômico e respeito às instituições”.
A imprensa especulou ainda sobre o prazo que os filiados terão para deixar seus cargos no governo. Os veículos também apontaram como certa a defesa da anistia aos condenados por 8 de janeiro, em meio a decisão de desembarque.