Uma nota publicada no fim da tarde desta quinta-feira (18) no portal de notícias UOL, assinada pela jornalista Daniela Lima, registra que o “presidente da federação União Brasil-PP, Antônio Rueda, foi ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, colocar seus sigilos bancário e fiscal à disposição e apresentar comprovantes de que pagou pelos voos que fez na empresa de táxi aéreo”.
O texto aponta, ainda, que “além da audiência com o PGR, Rueda também solicitou uma conversa com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Marques”, e que durante a reunião da Executiva “tratou a acusação como absurda e afirmou ter como provar que não há conexão entre ele e a empresa investigada. Rueda apresentou aos pares e ao chefe do Conselho de Ética da legenda os recibos dos valores que desembolsou quando usou a empresa de táxi aéreo e também levantamentos em bases de dados públicos, como as do Tribunal Superior Eleitoral, apontando que a firma suspeita prestou serviços a diversas autoridades, inclusive do governo Lula.”
Pela manhã, o mesmo portal divulgou uma reportagem em que Rueda é apresentado como dono de aviões. A matéria tem uma única fonte. Trata-se de um piloto, filiado ao Psol, que nunca esteve com Rueda e que ouviu a informação da boca de terceiros.
Desembarque
O Globo foi um entre dezenas de veículos que noticiou o apoio da Executiva Nacional ao presidente do partido. Além de publicar na íntegra a nota oficial, destacou o seguinte trecho: “Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente após a determinação de afastamento do filiados. Tal “coincidência” reforça a percepção de uso político da estrutura estatal para desgastar a imagem da nossa principal liderança”.
O jornal, além de lembrar que o partido tem “a terceira maior bancada na Câmara” e fará uma federação com o PP, também tratou da orientação da Executiva para que filiados deixem imediatamente o governo federal. Segundo o veículo, “o União Brasil antecipou o movimento de desembarque do governo e determinou a entrega de cargos de todos os seus filiados em até 24 horas.”
A reportagem explica, ainda, que uma normativa do partido “prevê sanção aos quadros que não pedirem exoneração de seus cargos: haverá abertura de processos disciplinares.”