O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, prestigiou a sessão solene no plenário do Senado nesta quarta-feira (12), que homenageou os quatro policiais que perderam a vida na Operação Contenção, ação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro: “O endurecimento contra a criminalidade é o único caminho para que o Estado possa construir uma nova história, na qual os criminosos não sejam mais os protagonistas”, reforçou o dirigente.
Participaram da solenidade, requerida pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), co-presidente, ao lado de Rueda, da federação União Progressista, e pelo deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ), parlamentares e autoridades como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); ACM Neto, vice-presidente do União Brasil; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União); o secretário de Segurança Pública de São Paulo licenciado, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator da PL 5582/25, também chamado projeto de lei Antifacção; o secretário de segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar; e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

“Nós queremos nossos heróis vivos e queremos que os criminosos – estes sim – sejam punidos e neutralizados com rigor”, disse Ciro Nogueira, no discurso de abertura. Todas as lideranças presentes chamaram a atenção para a urgência ao combate ao crime organizado no país. Também alertaram sobre as narrativas equivocadas e distorcidas frente ao debate em torno da PL 5582/25, que colocou a segurança pública no foco das atenções esta semana no Congresso. “Precisamos endurecer contra o crime organizado. O discurso de que o criminoso é uma vítima da sociedade é falso e ultrapassado”, destacou o senador Sérgio Moro (União Brasil).
Antifacção ou Antiterrorismo?
“Pouco importa o nome que será dado ao projeto, se antifacção ou antiterrorismo, o que importa é o aumento de pena. Qual será a pena para punir o motivo deste crime?”, destacou Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal. “Quero ressaltar que ninguém está falando em tirar prerrogativas federais. Isso é fake News”, completou ela.
Cláudio Castro afirmou que o domínio econômico, bélico e territorial das organizações narcoterroristas, nacionais e transnacionais, é enorme: “Domínio territorial, utilização de armas de guerra, impedimentos de ir e vir, tribunal próprio, punição própria… Ninguém tem dúvidas sobre o que isso significa. Isso teria só um nome…”, destacou o governador do Rio de Janeiro.
Para Ronaldo Caiado, pré-candidato do União Brasil à presidência da República, estas organizações criminosas se equiparam ao terrorismo: “A minha posição é clara, por vários motivos. O crime comanda várias áreas, em vários estados do Brasil. Hoje a soberania brasileira está na mão do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do CV (Comando Vermelho). A soberania foi repassada para o crime. Eles inclusive identificam agentes do Estado para matar, para intimidar a população e autoridades.”
“Nosso projeto é duro e vamos fazer de tudo para ser aprovado. Mesmo com as falsas narrativas políticas que estão poluindo o debate”, declarou Derrite. A votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado – que tem como base o PL Antifacção – pode ser adiada por 30 dias e uma das alternativas seria apresentar um destaque ao texto equiparando terrorismo a facções criminosas.
*Fotos: União na Câmara
*Texto: Monica Kondziolková