No programa CNN Entrevistas, exibido neste domingo (1º), o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, falou sobre o que acha dos atuais cenários político e econômico e suas estratégias para reverter o quadro.
Na opinião de Rueda, o Brasil “vive uma letargia econômica desde a Nova República”, mas acredita em novos rumos. Ele enxerga na federação União Progressista (UPB) o caminho para uma economia forte, liberal e sem extremos: ”A gente está procurando racionalidade, um projeto consolidado para o Brasil”. Para ele, é necessário ter um choque econômico.
Ação
Criticando a burocracia e o ambiente de negócios do país, Rueda fez questionamentos e apontou soluções. ”A gente podia estar promovendo PPPs (Parcerias Público Privadas), trazendo iniciativa privada para as ferrovias, rodovias, para o saneamento”. “Qual é a nossa agenda econômica? O Haddad, agora há pouco, aumentou o IOF. Isso aí é uma solução para o Brasil?”
Falando sobre a medida provisória que prevê isenção da tarifa energética para uma faixa da população, Rueda afirmou: “Ao invés de nós estarmos discutindo qual é o plano energético do Brasil, a gente está fazendo uma entrega de um produto assistencialista que não vai resolver o problema. Hoje, a inteligência artificial, que é a próxima revolução industrial, uma revolução tecnológica, consome 1,5% de toda energia produzida no mundo. Em 5 anos, ela vai consumir 3% da energia mundial. Nessa grande mudança, onde o Brasil se posicionou?”
E completa o raciocínio: “A pobreza só acaba quando o país prospera”.
Segurança
Para o presidente do União Brasil, o caminho para enfrentar a questão da segurança pública é investir em inteligência. Afirmando que “o crime organizado tomou conta e que o Estado está parado”, apontou mais uma saída: “Imagina que a federação tem 1.400 municípios e a gente consegue fazer um consórcio desses municípios para um modelo de gestão diferenciada, onde esses municípios consigam implantar câmeras e isso dê certo? Você muda o cenário da segurança.”
Confira outros pontos da entrevista:
Articulação
“Eu consegui chegar onde eu estou hoje porque me dediquei muito. É preciso abrir o diálogo com todas as pessoas, tem que ter ouvido, tem que fazer algo diferente, fora da caixinha. Imagina que até então não se falava de fusão. A primeira grande fusão foi o PSL e o Democratas. E ninguém imaginava que a gente ia fazer uma federação desse tamanho.”
União Progressista (UPB)
Juntos, União Brasil e PP têm seis governadores, 109 deputados, 14 senadores, mais de 1.400 prefeitos, mais de 12.500 vereadores e mais de 1.500 vice-prefeitos: “Ninguém imaginava que o Rueda e que o Ciro (Nogueira) teriam esse desprendimento do poder para fazer um projeto em prol do Brasil”.
“Qualquer candidato a presidente, seja ele da nossa federação ou de outra estrutura partidária, vai ter que entrar dentro desse projeto porque ele tem muita capilaridade.”
“Não abro mão de estar na chapa presidencial. Esse projeto (Federação) é diferenciado.”
Pré-candidatura
“O momento de lançamento de uma candidatura será em 2026. Agora, o Caiado tem legitimidade porque ele é o governador mais bem-avaliado do Brasil. Em 2025 o Brasil precisa andar nas agendas econômicas.”
Lula e Bolsonaro
“Você não tem como discutir uma candidatura no espectro da esquerda sem um aval de Lula ou ele mesmo indo para a disputa.”
“Bolsonaro é a maior liderança da direita. Então, tudo o que vai afetar o Bolsonaro vai ter reflexo na política.”
Participação do governo
“Eu tenho uma ala que defende a permanência no governo. Mas eu tenho hoje uma ala muito maior que defende que a gente siga outro caminho.”